Novo livro de poemas de Marinel Oxiela

Marinel Oxiela

Foi ontem à tarde lançado, na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António, o sétimo livro de poesia de Marinel Oxiela, «Retalhos do Meu Sentir…», com prefácio de Rui Domingos Mateus, onde a autora, vila-realenses e férrea defensora da poesia rimada, continua a espraiar a sua lírica.

Os títulos dos seus livros têm em comum terminarem com reticências, curiosidade que se assinala. A autora declamou alguns dos seus poemas, com uma voz suave e apelativa, própria da poesia simples e lírica, onde abundam os temas mais profundos da vida humana e uma grande preocupação pelos mais frágeis, sob o silêncio atento do público presente, maioritariamente feminino.

Essa mesma característica é assinalada pelo conterrâneo Rui Domingos Mateus, no prefácio «creio ser de destacar, antes de mais, a grande simplicidade dos seus versos e a rara beleza que, deles, e face a essa mesma simplicidade, genuinamente decorre»

O prefácio foi lido aos presentes por Assunção Constantino, a bibliotecária que apresentou a sessão, uma vez que a autora prescindiu de qualquer outro apresentador, habituada que está, como disse, a encarar a vida de frente com o seu esforço individual.

Mrinel Oxinela é o pseudónimo de Maria Manuela Aleixo, a quem os portugueses já viram em vários programas televisivos. Nasceu em Vila Real de Santo António em 3 de Fevereiro de 1942 e, aos 8 anos, foi viver para Lisboa, que considera a sua terra de adoção.

Licenciada em Ciências Matemáticas, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, foi professora de Matemática do Ensino Secundário Oficial, tendo leccionado no Liceu de Camões e na Escola Secundária de Camões, e aposentado no ano de 2003.

A poesia rigorosamente ritmada de Marinel Oxinela, terá beneficiado da aptidão para o ordenamento numérico matemático.

Deixamos o poema do Abraço, que bem identifica as caraterísticas da autora:

O ABRAÇO

O abraço é como o beijo,
Ele dá-se, não se vende,
Seja qual for o ensejo,
É um laço que nos prende.

Dá-se para felicitar
Ou para animar alguém,
Ao partir e ao chegar
E sempre que isso convém.

Este gesto tão singelo,
Mas pleno de emoções,
É simples, mas é tão belo,
Encosta dois corações.

Sobre o autor

jestevaocruz

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