Empresa algarvia inova no exterior com «caixas de música»

Caixa de Música

São pesadas e bem maiores do que um leitor de MP3, mas, apesar de não caberem no bolso, fazem aquilo que nenhum dispositivo portátil consegue fazer: resgatar o prazer de ouvir música com qualidade.

Na era da música digital, uma empresa algarvia conquistou a Europa e os Estados Unidos com uma nova geração de aparelhagens de alta-fidelidade e dá agora o salto para levar estas caixas de música ao resto do mundo.

Debruçado sobre o miolo do leitor de música topo de gama, Nuno Vitorino aponta para a linearidade dos circuitos postos a descoberto para pôr em evidência o que faz destas caixas algarvias as mais fiéis amigas do sinal acústico. “Toda a cadeia de áudio, que vai desde o servidor de música até às colunas, qualquer desvio que incorra pelo meio, sejam interferências, ruído nos sinais, os relógios que não estão bem sincronizados… tudo vai ter impacto no som final e influencia a naturalidade daquilo que nós, humanos, entendemos como um instrumento que está a tocar à nossa frente”.

Uma engenhoca que nasceu em casa

A carreira industrial começou quase por acidente na vida de Nuno Vitorino e de Amélia Santos, quando viviam no Reino Unido. Ambos engenheiros informáticos com carreira internacional, engendraram uma instalação caseira para digitalizar com qualidade a coleção pessoal de CD. “Os amigos que iam lá a casa ficavam muito curiosos e, por brincadeira, acabámos por colocar aquilo no eBay, onde, em 6 meses, vendemos 200 unidades. Apercebemo-nos que tínhamos criado algo com potencial de mercado”, recorda Amélia.

Longe vão os tempos do protótipo digitalizador de música, da mudança para Portugal em 2009 e até dos primeiros ensaios de produto em Tavira, em 2013, quando lançaram a empresa. Nos 5 anos de vida da marca internacional, não só já contam com toda uma gama de aparelhos (quatro, que custam entre mil e 15 mil euros), como cada um é já muito mais do que um digitalizador de música: é servidor, gestor de biblioteca e leitor de alta-fidelidade.

Para isso, muito contribuiu a equipa de desenvolvimento de software que a empresa dispõe no Pólo Tecnológico de Lisboa e que hoje conta com 10 programadores. O sistema operativo concebido, o innuOS, é uma espécie de estação central que agrega todas as fontes de música (serviços de streaming, rádios online, ficheiros de música ou até os velhinhos CD), organiza-as e tira delas o melhor proveito possível. “Só para ter uma ideia da sensibilidade do que estamos a falar, até o percurso do sinal pela motherboard pode influenciar a qualidade de som, pois pode dar a volta por muitos componentes ou ir direto ao CPU e à saída para os conversores analógicos. Por isso, o nosso software controla desde as Bios das motherboards à aplicação de interface”, explica Nuno Vitorino.

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