Famílias portuguesas pagam muito pela saúde

saúde oral

Sete mil milhões de euros em, 2021, foi o quanto gastaram as famílias portuguesas com a saúde, valor que representa 29% da despesa total em saúde, fazendo de Portugal os paíse europeu com mais alta desproteção financeira no acesso à saúde.

No que diz respeito aos pagamentos, a maior parte dos pagamentos foi para cuidados de ambulatório, 38%, farmácias 24%, e hospitais privados 15%, com baixo relevo ao nível das taxas moderadoras nos serviços públicos.

Em média 6% do rendimento líquido das famílias, vai para o pagamento de despesas de saúde, embora se observe grande variação em função do nível socioeconómico.

Quanto às famílias mais desfavorecidas, elas gastaram mais de 10% do seu rendimento principalmente em medicamentos, enquanto as famílias mais favorecidas gastaram menos de 4%, por recorreram em maior número a mais a prestadores privados.

O estudo foi realizado pelos investigadores Eduardo Costa e Pedro Pita Barros, autores de um trabalho divulgado pela faculdade de Economia e Gestão da Universidade Nova de Lisboa, NovaSBE, no âmbito do Observatório da Despesa em Saúde, que analisa as despesas diretas das famílias no sistema português.

Conclui que há uma potencial barreira de acesso aos cuidados de saúde para as classes mais desfavorecidas e sugere a redução dos pagamentos diretos das famílias na comparticipação de medicamentos e no acesso a cuidados de ambulatório, especialmente saúde oral.

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