Testes massivos alvo de polémica em Vila Real de Santo António

Testes Covid-19

A presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António), Conceição Cabrita, considerou extemporânea e inoportuna a proposta do candidato socialista à presidência da autarquia, Álvaro Araújo, ao propor uma testagem em massa de toda a população do concelho, à semelhança do que ocorreu no passado fim-de-semana no vizinho concelho de Castro Marim.

Álvaro Araújo, evocando a gravidade da situação pandémica concelhia, em carta aberta a Conceição Cabrita propôs uma adoção de uma estratégia massiva de testagem à população.

A autarca eleita pelo PSD que já anunciou não ter intenções de voltar a concorrer ao lugar nas autárquicas de outubro, dando lugar ao regresso já anunciado de Luís Gomes, diz que a proposta se verifica «numa altura em que o número de casos e óbitos começa a baixar e o concelho passou de uma situação de risco muito elevado para o menos grave risco elevado».

Castro Marim, concelho vizinho de Vila Real de Santo António, está a realizar esse tipo de testes e Álvaro Araújo considera que, dada a grande mobilidade entre os dois concelhos, onde um grande número de pessoas mora num e vive noutro, é modelo que serviu de base à proposta do PS.

Conceição Cabrita disse ao Jornal do Algarve que os testes rápidos realizados em Castro Marim podem ser enganosos para uma população concelhia como a de Vila Real de Santo António, estimada em cerca de 20 mil residentes, e só fariam sentido se fossem efetuados todas as semanas.

Reacção do PS

Em nota hoje distribuída o PS local refere em comunicado, que a presidente da câmara não aceitou a proposta de testar a população em massa, porque o «município está mergulhado em dívidas, falido e penhorado durante as próximas décadas, resultado da gestão despesista e ruinosa do executivo PSD».

No mesmo comunicado, o PS lamenta que o executivo não tenha dinheiro para aderir a uma ação de testagem massiva da população, «como está a acontecer em Castro Marim e em muitas autarquias ao nível nacional».

Volta a classificar a sua proposta como « responsável e ponderada, defendida pelos especialistas e pelos responsáveis da saúde a nível nacional e que pode ser materializada em completa consonância com todas as autoridades de saúde a nível local e regional».

Foto:Photo by Jakayla Toney on Unsplash

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jestevaocruz

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