Eurocidade premeia «Poetas do Guadiana»

Evento em câmara com grupo segurando livro.

Ontem, dia 9 de maio, na sequência das comemorações do Dia da Europa, da Assembleia da Eurocidade do Guadiana e da nomeação rotativa de uma nova presidência, foi entregue aos «Poetas do Guadiana» o Prémio de Cooperação Transfronteiriça.

Este prémio foi concedido pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Eurocidade do Guadiana e tenta destacar que este grupo de poetas representa a essência da iluminação das fronteiras como barreiras.

Representa a fusão de culturas e autores de ambos os países recitam problemas, publicam seus livros e organizam recitais nos dois lados do Rio, apoiando a criação e a difusão de obras de um número elevado de autores.

Em maio de 2021 foi publicada a obra poética na Eurocidade de Guadiana, no âmbito do projeto Euroguadiana, livro apresentado no dia de Europa, ainda se faziam sentir as restrições da pandemia.

Nas suas páginas mais de 20 autores demonstram a riqueza poética dos três municípios que constituem a Eurocidade.

Em representação dos poetas, receberam o troféu relativo José Luís Rua Nascer e António Cipriano Cabrita.

António Cabrita

Em nome de todo o coletivo português, António Cabrita historiou o percurso dos Poetas do Guadiana:

«Eu disse muitas vezes que este projeto dos poetas do Guadiana começou de uma forma simples. Fomos nós que começamos a construir a Eurocidade. Não me levem a mal esta pretensão, mas nós só começamos a ver a Eurocidade, porque começamos no dia 21 de enero de 2011, na Casa Grande, em Ayamonte

«Na altura, com duas pessoas, um que não está a cá porque está longe e o outro porque já não está entre nós, fizemos um encontro de poetas. Um é o Pedro Tavares, que está em Timor por questões profissionais. O outro António Miravente que não está já entre nós».

Revelou, recorrendo àas suas atas que, na parte portuguesa, estavam também José Cruz, Pedro Tavares, e um amigo professor que foi acompanhar o Pedro Tavares, com música, António Caballé.

Na parte espanhola estavam o Miravente, estava o José Luiz Rua, Carmen Herrera e a Aurora Canhada. Este era o elenco inicial. Depois fizeram um encontro na biblioteca de Vila Real de Santo António, onte se juntaram mais presenças.

O terceiro encontro ocorreu no Monte Francisco mais conhecido pelo Montinho,
de onde saiu a ideia, por sugestão de José Luís Rua, de se fazer uma primeira coletânea, que saiu «com os seus erros, mas foi um marco importante».

«Aquela primeira coletânea saiu com a colaboração de uma série de pessoas.», disse António Cabrita. Ao longo dos anos, fizeram recitais em Ayamonte, em Castro Marim e em Vila Real de Santo António.

Lembrou a Poesia na Rua, em Cacela Velha e «aqui deixo o recado que nós, Poetas do Guadiana, temos toda a interesse em agarrar-nos e continuar, que era um evento que se fazia no fim do Verão e que já foi um período muito bonito para a localidade».

«Em Ayamonte era o Molino Pintado, outro sítio fundamental que nos permitia,
quase todos os fins de semana, ter uma atividade poética, e foi o cunho que demos ao primeiro Passeio por Ayamonte
».

Agradeceu o prémio e ao público «que é o que, no fim de contas, nos foi comprando livros, de vez em quando, e nos a permitiu seguir

Em nome dos poetas espanhóis tomou a palavra José Luiz Rua Náscer, incassável fotógrafo, divulgador, curador de coletâneas e elemento humano fundamental na atividade de divulgação da poesia dos «Poetas do Guadiana»

Sobre o autor

jestevaocruz

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