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Os «Entronchados» e o Entrudo

CiiP Cacela Patromónio
Partilhamos uma publicação do CiiP de Cacela no último dia gordo do tíbio Carnaval de 2022 - devido às sequelas da Pandemia que ainda não chegou ao fim, - o qual nos dá a conhecer uma nica do acervo do património «apanhado na rede», trabalho constante que desenvolve a partir de Santa Rita.

Partilhamos uma publicação do CiiP de Cacela no último dia gordo do tíbio Carnaval de 2022 – devido às sequelas da Pandemia que ainda não chegou ao fim, – o qual nos dá a conhecer uma nica do acervo do património «apanhado na rede», trabalho constante que desenvolve a partir de Santa Rita.

Esta festividade, hoje mais conhecida por Carnaval, é já muito antiga e simbolizava a despedida do Inverno e a chegada da Primavera. Surge como um ritual de mediação entre os homens e as entidades divinas, protetores e propiciadoras da regeneração da natureza.Sendo um ritual de origem pagã, foi no entanto absorvido pelo cristianismo que lhe deu uma nova legitimidade.

O Carnaval passa a ser vivido como um “combate” entre o vício e a virtude. As máscaras, os bailes, a abundância, a excentricidade, o barulho, os repastos e festas da comunidade durante o entrudo, e principalmente nos 3 dias gordos que antecedem o final deste ciclo, na Quaresma, representam todo esse excesso que, em muitas localidades, termina com a queima da figura do entrudo (do boneco), que personifica as forças malignas do Inverno.

Os trajes e máscaras, que inicialmente simbolizavam os antepassados, são também vistos como a representação de uma sátira às normas e regras vigentes nas sociedades e aos seus valores. Os homens vestirem-se de mulheres e vice-versa é um exemplo da perversão dos valores sociais e da luta simbólica entre sexos.

Nas comunidades mais pequenas, o entrudo é um momento de convívio onde são valorizadas as relações familiares, de vizinhança e de amizade. As festas e bailes como os que se faziam em Santa Rita por esta altura e em Vila Nova de Cacela, na sociedade recreativa Cacelence, por exemplo, ilustram esta ideia de comunhão.

Muitos dos habitantes organizavam-se em pequenos grupos de mascarados, percorriam as ruas da aldeia numa autêntica folia, pregando partidas aos vizinhos, e participavam nos bailes da aldeia e da freguesia de Cacela.

Preparavam também carros alegóricos que depois participavam no desfile de carnaval em Monte Gordo.A fotografia, com cerca de 25 anos, ilustra precisamente um desses grupos de ―entronchados – e o seu carro alegórico, pertencente ao Sr. Toni de Cacela, na estrada de Monte Gordo, a caminho do desfile. Na fotografia podemos reconhecer alguns rostos de Santa Rita e arredores como o Sr. Duarte e a D. Maria Luísa, o Sr. António Brito e a sua esposa D. Maria João, Ramiro Sol e a sua mãe, conhecida por D. Valentinha, entre outros. A fotografia foi cedida pela D. Maria Luísa Pereira a quem muito agradecemos.

O CiiP da Cacela

A partir da investigação em torno da história e patrimónios de Cacela e do Algarve, o Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela/CMVRSA tem procurado novas formas de interpretação e valorização dos valores patrimoniais e da paisagem, envolvendo comunidade local e visitantes na sua descodificação e fruição.

Exposições, edições de roteiros e livros, percursos pedestres, encontros temáticos e conversas, são algumas das atividades desenvolvidas, que têm contribuído para uma diversificação da oferta cultural e turística no Sotavento Algarvio.

Com as escolas desenvolve trabalho continuado, com projectos de educação para o património e oficinas de criatividade, que vem garantindo, a partir das crianças e jovens, o envolvimento de toda a comunidade no conhecimento, preservação e valorização do seu património.

A investigação arqueológica, desenvolvida em Cacela a partir da década de 90, foi a matriz do CIIPC e o ponto de partida para o estudo abrangente e interdisciplinar do património cultural e paisagístico da zona, com vista à sua crescente valorização e fruição.

A funcionar desde 2005, na antiga escola primária de Santa Rita, reabilitada para o efeito, o CIIPC está organizado em duas áreas funcionais:. de investigação (estudo de materiais arqueológicos, reservas, gabinetes de trabalho). de acolhimento a visitantes e utilizadores (sala de exposições e centro de documentação)A equipa de trabalho pertence ao Núcleo de Património Material e Imaterial / Divisão de Cultura e Património Histórico da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António. 

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