No Portal da Queixa a metade são de mulheres

Mulher segurando megafone em fundo neutro.

Atualmente, as mulheres representam metade das reclamações registadas no Portal da Queixa. Em 2023, foram a voz de mais de 66 mil reclamações publicadas na plataforma, uma subida de 12%, face a 2022.

Reclamam, acima de tudo, do mau serviço prestado pelas marcas e entidades e dos atrasos nas entregas das encomendas. São maioritariamente consumidoras entre os 25 e 44 anos, residentes nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Braga, Aveiro e Faro.
 
Mas afinal do quê e de quem reclamam mais as mulheres? A pergunta foi o ponto de partida para uma análise do Portal da Queixa por ocasião do Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de março. Segundo os dados aferidos, no ano passado, as consumidoras portuguesas foram responsáveis por 48.4% das queixas geradas. Em 2023, apresentaram 66.529 reclamações dirigidas a várias marcas e entidades. Um aumento de 12%, face a 2022, onde a contestação feminina somou 59.437 reclamações.

Entre os principais motivos das reclamações assinadas no feminino, a análise revela que são sobretudo, sobre: o mau serviço prestado pela marca ou entidade; seguem-se os atrasos na entrega das encomendas e os problemas no apoio ou atendimento ao cliente. 

Em quarto lugar, queixam-se de condições contratuais e também de falha na assistência técnica. No rol das contestações estão ainda motivos como: as más condições de entrega do produto; valores da venda e a garantia dos artigos.
 

Setores na mira das reclamações

Relativamente aos alvos das reclamações, os dados demonstram que são dirigidas, sobretudo, a marcas e entidades relacionadas com cinco setores de atividade: Correio, Transporte e Logística (13.6%); Serviços e Administração Pública (8.8%); Compras, Moda e Joalharia (8.4%); Comunicações, TV e Media (7.2%) e Transportes Públicos, Aluguer e Condução (6.5%). 

No que se refere ao perfil da consumidora que mais regista reclamações no Portal da Queixa, os dados aferiram que são predominantemente mulheres na faixa etária dos 25 aos 44 anos. As mulheres com mais de 65 anos, são as que menos reclamam. Em 2023, a média de idade foi 41 anos.

Relativamente aos distritos com maior representação feminina nas reclamações publicadas, em 2023, foram: Lisboa, Porto, Setúbal, Braga, Aveiro e Faro. 

Na análise ao ano 2023, foram encontradas ainda reclamações provenientes de 36 outros países, além de Portugal. Os cinco que apresentaram mais queixas no feminino foram: Brasil, Reino Unido, França, Espanha e Suíça. 

Ascensão da voz feminina no Portal da Queixa

Sónia Lage Lourenço, CEO do Portal da Queixa, afirmou à agência Comunicar-se: «O estudo do Portal da Queixa foi realizado no âmbito do Dia Internacional da Mulher e pretende reforçar a importância das consumidoras e dos consumidores usufruírem livremente do seu direito de reclamar e de expressar publicamente a sua insatisfação perante uma experiência de consumo negativa. A equidade na participação é um reflexo da evolução social e da crescente voz ativa das mulheres.»

A responsável destaca: «Assistimos à ascensão da voz feminina na nossa plataforma, com quase metade das reclamações a serem feitas por mulheres, durante o ano passado. De2009até 2024, observou-se umaumento da participação feminina no Portal da Queixa. Em 2009, as consumidoras representavam35.1% das reclamações enquanto, que atualmente, já protagonizam49.4¨C28C»

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jestevaocruz

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