8 de Março – O Cérebro não tem género

O cérebro não tem género

Hoje é Dia Internacional da Mulher. Diversas iniciativas em todo o Mundo procuram chamar a atenção para a melhoria da condição de vida das mulheres a nível Global.

Por razões do desenvolvimento histórico, mais relacionadas com a exploração da condição feminina derivada de uma maior fragilidade e de mecanismos de sujeição, este dia é interpretado de diversas formas ou como um dia de libertação em cada ano ou como dia de luta, quando na realidade o ideal seria que não houvesse necessidade, como não há do Dia Internacional do Homem,.

Porém, a realidade continua a mostar situações diversas. Este artigo procura apresentar alguns exemplos relativos ao nosso tempo, neste ano 21 do Terceiro Milénio.

Serpa escolhe arquologia para homegear a mulher

Neste Dia Internacional da Mulher recordamos alguns nomes femininos da época romana, que encontramos gravados em pedra, no território de Serpa, e que chegaram até nós:

Críseis, Gaia Valéria Ama, Apolausis Anícia, Antístia Prisca, Flávia, Valentina, Plócia Severa, Aurélia Anita, Aurélia Gala, Cecília Mústia, Júlia Fundana, Fábia Prisca, Júnia, Amena, Prócula, Severa.

Poderá conhecer um pouco mais sobre algumas destas personagens numa visita ao Museu Municipal de Arqueologia de Serpa, assim que for possível a sua reabertura ao público.Partilhar

Em Mértola Há baile

Estudo do jornal inglês The Guardian

A desigualdade no Reino Undido faz com que as mulheres jovens tenham de trabalhar quase quatro décadas a mais do que os homens para construir a mesma reserva para a reforma, de acordo com um relatório que destaca a diferença de gênero nas pensões.

A mulher média na casa dos 20 anos pode esperar ter cerca de 100.000 libras a menos no seu fundo de pensões do que um homem da mesma idade, como resultado de ganhar menos, trabalhar em meio período e tirar licença do emprego remunerado para cuidar de parentes.

Os cálculos, feitos pela empresa de pensões Scottish Widows para coincidir com o Dia Internacional da Mulher, mostram que uma aforradora normalmente economizaria 2.200 libras anualmente durante os primeiros 15 anos de sua carreira, em comparação com as 3.300 libras para um jovem. A mulher média, na casa dos 20, hoje teria que trabalhar 37 anos a mais do que um homem da mesma idade para alcançar a paridade e reforma.

Quanto aos padrões de trabalho típicos de ausência para ter filhos e alguns anos passados ​​em trabalho de meio período, foram levados em consideração, disse a empresa, uma mulher que começou a economizar aos 25 anos poderia esperar ter 100.000 libras a menos no seu fundo de pensão ao aposentar-se aos 68 anos do que um homem da mesma idade.

Cartaz das celebrações em Mértola

Estudo da Dor

No âmbito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala no próximo dia 8 de março, a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) pretende sensibilizar para a prevalência da dor crónica nas mulheres e a influência que tem na sua qualidade de vida, resultando no absentismo de, em média, 14 dias por ano pelas mulheres em Portugal. 

A Dra. Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), afirma que “a dor crónica tem um impacto negativo na mulher que vai muito além da dor física, já que provoca sequelas psicológicas, isolamento, incapacidade, absentismo e perda de qualidade de vida. É fundamental compreender que existe uma necessidade urgente no acesso ao tratamento e gestão da dor crónica por parte das mulheres para que estas possam melhorar a sua saúde e qualidade de vida”. 

As mulheres tendem a ter dores mais recorrentes, intensas e douradoras do que os homens, sobretudo devido ao facto de estarem associadas a condições ou doenças que são também mais frequentes nas mulheres. Entre os tipos de dor que afetam mais as mulheres e que têm um impacto significativo na sua qualidade de vida, destacam-se a fibromialgia, em que 80 a 90% dos casos diagnosticados são mulheres, a lombalgia, a artrite reumatoide, a osteoartrose, a disfunção da articulação temporomandibular, a dor ginecológica, a dor pélvica crónica e as cefaleias que são também muito prevalentes na população feminina. 

A dor crónica na mulher tem um impacto global significativo, mas persiste a falta de consciência e reconhecimento. Fatores psicossociais e biológicos, em conjunto com as barreiras económicas e políticas ainda existentes, influenciam a forma como a dor é percecionada e deixam milhões de mulheres a viver sem o tratamento adequado4. Desta forma, é extremamente importante sensibilizar para o controlo da gestão da dor crónica nas mulheres para garantir acompanhamento e tratamento adequados e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida. 

Moura escolhe atividades físicas e um concerto

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jestevaocruz

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