Obra de José Saramago presente em terras Eurocidade do Guadiana – Castro Marim

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Os município de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Ayamonte, concluiram este fim de semana a sua participação no VIII Encontro Ibérico José Saramango, iniciativa levada a efeito pela Eurocidade do Guadiana com nota cultural bastante positiva, contanto com a participação dos leitores diários de José Saramago.

Os municípios de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Ayamonte, concluiram este fim de semana a sua participação no VIII Encontro Ibérico José Saramango, iniciativa levada a efeito pela Eurocidade do Guadiana com nota cultural bastante positiva, contanto com a participação dos leitores diários de José Saramago.

Nesta edição, participou também a Fundação José Saramago, com e a Direcção Regional da Cultura do Algarve. As sessões decorreram -na Biblioteca Municipal de Castro Marim, na sexta-feira, dia 10, com a presença da vice-presidente Filomena Sintra, do presidente da câmara Municipal Álvaro Araújo e da tenente-alcaide de Ayamonte, Paloma Ogáyar, terminando com uma palestra por

tina costa

Filomena Sintra, vice-presidente da câmara municipal de Castro Marim, depois de dar as boas-vindas aos presentes chamou a atenção de que o VIII Encontro se realizava na nova versão com a Eurocidade do Guadiana, também um dos legados de Saramago, com esta ligação a Espanha e o espaço sem fronteiras que é personificado nesta nova entidade jurídica na Península Ibérica.

Álvaro Araújo, presidente da câmara municiopal de Vila Real de Santo António, salientou a unidade dos três municípios pela arte e com constantes eventos de grande envergadura, tal como o que decorria, e manifestou-se satisfeito pela pertença destes territórios à Eurocidade.

Paloma Ogáyar, tenente-alcalde do Ayntamiento de Ayamonte, salientou as facilidades de comuinicação entre os três munícipios e as pessoas que neles vivem, bem como a salutr comunicação entre as autoridades dos três concelhos fronteiriços, deu uma nota das attividades culturais, mas também lembrou as atividades no plano empresarial e desportivo.

Idália Tiago, da Fundação José Saramago, salientou o importante papel que as bibliotecas desempenharam e desempenham no conhecimento e divulgação da obra de José Saramago, mas também no fato do escritor se ter construído a si próprio pelo acesso aos livros que, nos primeiros anos da sua aprendizagem as bibliotecas lhe proporcionaram, em particular Galveias, aquela que mais gostava. Lembrou que os apelos que José Saramago fazia constantemente à indignação, ao pensamento e à reflexão, a usarmos muitas vezes a palavra não, Lembrou que estamos num ano em que se comemoram os 25 anos da atribuição do Prémio Nobel e também o ano em que se comemoram os 75 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos do Homem. mas que ouvimos falar muito pouco sobre esta data e a sua celebração e deixou a sua inquietação por este fato, tanto mais que nos 50 anos do Documento, José Saramago o considerava como um instrumento fantástico para a Humanidade.

Diego Mesa, de Ayamonte, autor da Viagem ao Algarve, inspirada na obra de José Saramago, Viagem a Portugal, lembrou que foi na Bbiblioteca Municipal de Castro Marim que começou a ler José Saramago em portugês, enquanto a filha tinha aulas na piscina de Castro Marim. Deu relevo ao encontro com Paula Santos, da Biblioteca de Beja, que se tinha deslocado para conhecer o homem que estava a falar de Saramago, començando aí a ideira da realização destes encontros ibéricos. Relevou que, sem ela, não poderia ter seguido adiante o trabalho de divulgação da obra e do pensamento de Saramago.

Carlos Reis

Carlos Reis, falando sobre «Outros Saramagos ou a Sobrevida do Escritor», lembrou que ele foi o autor de textosd ensaísticos, aqueles que dão vida a um pensamento literário e social e que é essencialmente um pensamento dinâmico e evolutivo, a não dissociar de um outro Saramago, o do cronista.

Esse trabalho de cronista tem muito de análise incipiente de grandes temas que virão a amadurecer e a florescer, justamente no Saramgo ensaísta. Carlos Reis anotou que a dimensão ensaística não se encerra em textos formalmente identificáveis como ensaios dos Cadernos de Laçatote como diário.

Carlos Reis, mostrou-se crítico das adaptações cinematográficas das obras de José Saramago, considerou que não ficarão certamente na história do Cinema, considerando diferente o caso da Ópera Blimunda que incutiu à personagem de Saramago e, por extensão ao relato em que ela se encontra «uma ressonância legitimada por uma arte cujo estatuto cultural difere consideravelmente do universo de existência do romance e, não foi por acaso que, justamente uma encenação do Memorial do Convento, Blimunda foi o episódio final do Centenário, durante o ano passado».

Parceira com a Guadinforma – Recolha de imagem de Carmo Costa

Sobre o autor

jestevaocruz

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