O que as pessoas entregam para reciclar

Eletrodomésticos usados aguardando reciclagem ou reutilização.

No ano de 2023 a associação Electrão recolheu e vinte e sete mil toneladas de equipamentos elétricos, o que representa mais 16% que no ano anterior, mas avalia que os números ficaram longe das 100 mil toneladas anuais por reciclar.

No ano de 2023 a associação Electrão recolheu e vinte e sete mil toneladas de equipamentos elétricos, o que representa mais 16% que no ano anterior, mas avalia que os números ficaram longe das 100 mil toneladas anuais por reciclar.

Esta associação de gestão de resíduos, ´é responsável por três dos principais sistemas de recolha e reciclagem, embalagens, pilhas e equipamentos elétricos usados e afirma que os bons resultados se devem ao empenho dos parceiros e ao alargamento dos locais de recolha e dos serviços ao cidadão, havendo já 11.500 pontos de recolha no país.

Portugal, está, contudo abaixo do cumprimento das metas europeias, baseando o cálculo no que se etima vender am Portugal todos os anos. São 245 mil toneladas de equipamentos elétricos, com 60% deles a ser para substituir outros, que vão originar resíduos. «O que significa que se produzem anualmente 147 toneladas de resíduos. Se no ano passado só foram recolhidas 46 mil toneladas (destas, 27 mil pela Electrão), faltam cerca de 100 mil».

Noutras contas, a produção de resíduos elétricos e eletrónicos ronda os 14,5 quilogramas per capita mas só foram recolhidos 4,5 quilos, pelo que cada português, em média, tem 10 quilos de resíduos, que deviam estar a ser recolhidos e tratados.

A associação diz que «muitos equipamentos estarão esquecidos nas gavetas e acumulados em garagens, sótãos e arrecadações. E cita um estudo segundo o qual existem, em média, 74 equipamentos elétricos nas casas europeias».

Segundo afirma o diretor-geral da associação, Ricardo Furtado, faz com que o problema essencial resida «nos milhares de toneladas que são desviadas, todos os anos, do circuito formal da reciclagem para o mercado paralelo. Esta prática implica graves prejuízos para a saúde pública e para o ambiente, já que estes aparelhos são tratados sem que seja acautelada a sua descontaminação”.

A associação Electrão recorda que oferece na região de Lisboa um serviço de recolha porta-a-porta para grandes eletrodomésticos, que facilita a vida ao cidadão e ajuda a combater o mercado paralelo. E ainda sobre o balanço do ano passado diz que entre os equipamentos elétricos mais reciclados estão os grandes eletrodomésticos, como máquinas de lavar e secar roupa.

Em segundo lugar os equipamentos de regulação de temperatura, como frigoríficos, arcas congeladoras e radiadores, e depois os pequenos aparelhos elétricos, como torradeiras e ferros de engomar, e ainda os equipamentos de informática e telecomunicações. Monitores e televisores, tal como as lâmpadas, representam uma minoria.

A associação tem como principal missão assegurar a reciclagem dos resíduos recolhidos, contribuindo para a minimização do impacto ambiental e para um reaproveitamento dos materiais que os constituem, promovendo a economia circular.

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jestevaocruz

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