Separadas por 70 quilómetros, mas à vista

ponte flutuante alcoutim

A 90 dias de terminar o prazo para cumprir o financiamento do PRR no concurso de construção da nova ponte sobre o Rio Guadiana, em Alcoutim, eis que o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, José Apolinário se manifestou preocupado com o eventual atraso do processo.

Trata-se de uma questão de bloqueamento, por questões de enquadramento Internacional, uma vez que existem ainda tês barreiras a superar.

Existe a necessidade de um entendimento entre os governos da Junta de Andaluzia, liderado por JuanMa Moreno, e o governo nacional de Espanha, conduzido por Pedro Sanchez, acerca dos acessos no lado espanhol. Estas obras implicam expropriações e Madrid considerou ser necessário um acordo entre ambos os países sob a forma de Convenção Internacional.

Do lado de Portugal está-se a aguardar que o governo espanhol se pronuncie sobre o estudo de impacto ambiental já submetido pelas autoridades portuguesas em outubro passado e transmitidas às entidades espanholas em dezembro recebido pela junta da Andaluzia no passado dia 8 de fevereiro.

Apolinário considera que do lado de Portugal já foram dados os passos necessários, que este impasse se tem mantido e a CCDR do Algarve tem Estado em contato com a junta da Andaluzia.

A ponte ligará a uma estrada que é da responsabilidade da deputação provincial do Huelva. A exigência de um novo acordo partiu do lado de Espanha, porque em 2022, na 33ª Cimeira Ibérica já os dois países tinham assinado acordos para que a construção fosse até 2025 quer ada sobre o rio Guadiana entre Alcoutim e San Lucar del Guadiana quer no rio Sever entre Nisa e Cedilho.

O Presidente da CCDR do Algarve José Apolinário lembrou que há uma verba contratualizada para financiar a construção da ponte, cujo beneficiário final, no lado de Portugal, é a Câmara Municipal de Alcoutim e que tem como prazo o ano de 2025, podendo apenas estender-se até junho de 2026.

Para aquele dirigente regional, significa que, para que estes prazos possam ser cumpridos, o concurso para a construção da Ponte sobre o Guadiana tem de ser lançado, no máximo até aos próximos 90 dias. A dificuldade será se não conseguir cumprir o prazo, contratualizado no âmbito do PRR.

Sem a ponte, as localidades fronteiriças de San Lucar del Guadiana, separadas apenas pelo leito do Guadiana, estão distanciadas por 70 quilómetros de estradas.

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jestevaocruz

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